Mosaico na Quebrada no Complexo Jardelino Ramos
- chiquinhodivilas
- 4 de jul.
- 2 min de leitura
O projeto Mosaico na Quebrada deu um rasante no Complexo Jardelino Ramos.
Lá no alto do morro, o muro lateral do Centro Cultural Espírita recebeu cores. Um
painel histórico, retratando a origem da comunidade, sua luta, bravura e perseverança
para seu desenvolvimento. Mais de cem pessoas pintaram, simultaneamente e
contribuíram para a conclusão da arte.
Protagonismo coletivo.
No painel, a lembrança das Lavadeiras, atividade que fez parte do cotidiano dos
moradores do Burgo.
Segundo o livro Complexo Jardelino Ramos – Uma história deluta e esperança, elas lavavam e passavam roupas para as famílias do centro da cidade,
recolhiam as roupas sujas acumuladas durante a semana, equilibrando o corpo com um
farnel de roupas na cabeça, eram conhecidas pelo capricho e dedicação.
Chamo isso de jogo de cintura.
Neste mesmo painel também foi contemplado o Carnaval de Rua, tão
importante e representativo no bairro.
Ainda no alto do morro, do outro lado da rua, um mural estampado com o personagem do filme Cidade de Deus. Uma mensagem social, transmitida no filme, onde Buscapé, lutava para sobreviver no meio do caos, trabalhando como entregador de
jornais e sonhando com uma carreira de fotógrafo.
E ele consegue realizar o seu sonho.
O muro da casa também foi ladrilhado com pedrinhas coloridas. Agora a residência se
tornou um ponto de referência. Que essa figura emblemática possa também estimular a comunidade a sonhar, assim como o protagonista do filme.
Mosaico na quebrada é isso. Um time organizado. Atuar nas quebradas é a maior vivência para aprender a filosofia da Escutatória.
E que essa miscelânea de alegria,
realizada exclusivamente nas favelas, possa abrir oportunidades para novas agendas positivas.
Lembrem-se, não é um photoshop social, por isso a importância de construirmos no coletivo, de forma legítima, onde a própria comunidade sugere as pautas.
Que este “pequeno aglomerado” chamado carinhosamente de Burgo possa sonhar e ser feliz,
andar tranquilamente na favela, como o Mc Cidinho e Doca cantam no rap da felicidade.








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